Custos de produção: o que são, como calcular e reduzir

Custos de produção

Os custos de produção são uma das maiores preocupações de quem administra um negócio. Quando não são bem conhecidos ou monitorados, colocam em risco toda a operação. E com a alta generalizada dos insumos, ignorá-los deixou de ser uma opção.

O preço do café, por exemplo, subiu 80% em 12 meses — a maior inflação em três décadas, segundo o IBGE. A sequência de secas e ondas de calor tem prejudicado as lavouras e encarecido a cadeia produtiva. 

Diante desse cenário, entender os custos se tornou ainda mais urgente. Neste artigo, você vai ver:

  • o que são custos de produção
  • como identificar cada tipo
  • como calcular do jeito certo
  • estratégias para cortar gastos sem perder qualidade
  • um exemplo prático de gestão eficiente 

Continue a leitura e descubra caminhos para produzir mais gastando menos!

O que são custos de produção?

Custos de produção são os gastos que uma empresa tem para fabricar um produto ou prestar um serviço. Entram nessa conta itens como matéria-prima, salários, uso e manutenção de máquinas, transporte e impostos.

Tipos de custos de produção: quais são e como identificá-los?

Os tipos de custos de produção se dividem em dois grupos principais: custos a priori e custos a posteriori. Entender essa diferença ajuda a identificar de onde vêm os gastos e como eles impactam no preço final do produto.

Custos a priori

Esses são os custos que surgem antes da produção começar. Estão ligados à estrutura necessária para viabilizar a fabricação de um produto.

Entram aqui os gastos com máquinas, equipamentos, matéria-prima, contratação de pessoal e até ações de marketing para lançar o artigo no mercado. Mesmo que nenhum item seja fabricado ainda, esses custos já existem.

São valores fixos, e a empresa consegue prever quanto precisará investir para dar início à produção.

Custos a posteriori

Esses custos aparecem depois que a mercadoria já está pronta. Envolvem etapas como distribuição, vendas e divulgação. 

É o tipo de gasto que depende da aceitação do produto no mercado. Ou seja, quanto mais se vende, maior tende a ser o custo com transporte, estoque e estratégias comerciais.

Mesmo fora da linha de produção, os custos a posteriori pesam no bolso e precisam ser considerados no planejamento.

Como calcular os custos de produção na sua empresa?

Para saber quanto sua empresa gasta para produzir, levante todos os valores investidos na fabricação dos itens. Feito isso, realize o cálculo seguindo os passos abaixo! 

Fórmula do cálculo total: 

Custo de produção total = matéria-prima + mão de obra direta + custos fixos + custos variáveis + extras

Após calcular o total, basta dividir esse valor pela quantidade de unidades produzidas no mesmo período para encontrar o custo unitário. Use a fórmula: 

Custo unitário de produção = custo total ÷ quantidade de produtos fabricados

Se sua empresa gastou R$ 20.000 para produzir 2.000 peças, cada uma custou R$ 10. Esse número é útil para formar o preço de venda, calcular margem de lucro e entender se a operação está valendo a pena financeiramente.

Como reduzir os custos de produção sem perder qualidade

Quando o preço de um produto, como o café, começa a assustar até o consumidor mais fiel, é sinal de que algo está errado.

Quem trabalha com produção sente isso antes de todo mundo. Basta um insumo subir demais para comprometer toda a margem de lucro. 

Por isso, muitas empresas precisam encontrar formas de cortar gastos sem comprometer o que entregam. 

Com organização, ajustes pontuais e escolhas conscientes, é possível reduzir despesas e manter a qualidade do produto ou serviço. Confira nossas sugestões abaixo!

Organize melhor os processos e corte o que gera desperdício

Grande parte dos custos desnecessários está na forma como os processos acontecem. Quando uma tarefa é mal executada ou repetida sem necessidade, o desperdício se acumula.

A solução passa por mapear as etapas, revisar fluxos e identificar gargalos. Corte o que não agrega valor e ajuste o que estiver desalinhado. Muitas vezes, pequenas correções no fluxo já ajudam a enxugar os custos sem tocar na qualidade.

Prepare bem a equipe e use a tecnologia a seu favor

Uma equipe bem orientada comete menos erros e trabalha com agilidade. Logo, o investimento em capacitação deve ser visto como parte da redução de despesas. 

Além disso, ferramentas tecnológicas ajudam a organizar informações, evitar falhas e melhorar o controle de processos. A tecnologia não precisa ser complexa: basta ser adequada à realidade corporativa e contribuir para uma rotina mais produtiva.

Deixe a automação cuidar do que toma tempo demais

Sabe aquelas tarefas repetitivas que consomem horas e não exigem raciocínio? São justamente essas que deveriam estar automatizadas. 

Deixar a tecnologia assumir esse tipo de atividade acelera o trabalho, diminui falhas e permite que a equipe se dedique a demandas estratégicas.

Reveja seus fornecedores e busque acordos mais vantajosos

Fornecedor bom é aquele que entrega no prazo, com qualidade e preço justo. Se isso não está acontecendo, é hora de reavaliar. 

Compare propostas, renegocie prazos e quantidades, e veja se compensa trocar de parceiro. 

Às vezes, centralizar compras ou firmar contratos de médio prazo ajuda a conter os preços. O importante é manter a qualidade do insumo e garantir que o custo seja pertinente ao orçamento empresarial.

Exemplo de custo de produção aprimorado: indústria moveleira em parceria com a Albuquerque Paulo

Imagine uma indústria moveleira com prazos instáveis, compras feitas no improviso e um time sobrecarregado, com colaboradores que não conseguiam sair de férias.

A desorganização pesava nos custos de produção, que não paravam de subir. O motivo? Falta de planejamento, controle frágil e um ERP subutilizado — com o módulo de PCP praticamente abandonado.

Preparando o terreno para mudanças na gestão

A Albuquerque Paulo assumiu o desafio e começou pela base: redesenhamos os processos de produção e corrigimos falhas que vinham se arrastando há anos. 

Isso envolveu desde a estrutura técnica dos produtos até a reconfiguração completa do sistema, com implantação do MRP, roteiros bem definidos e parâmetros ajustados para dar visibilidade real ao custo de cada item.

Com tudo mapeado, foi possível recalcular o preço de venda. A operação passou a trabalhar com dados reais, e não mais com previsões “de cabeça”.

O que mudou depois da reorganização da produção

O estoque foi reduzido em 80%, as compras emergenciais sumiram, os atrasos caíram quase a zero e as horas extras não planejadas deixaram de ser rotina. Isso impactou os custos de produção, que ficaram mais enxutos e controlados.

Além disso, a empresa ganhou fôlego na gestão: os diretores passaram a acompanhar tudo em tempo real, por celular ou em telas no chão de fábrica, sem depender de presença física. 

Com esse novo modelo, o lucro líquido subiu cerca de 6 pontos percentuais no ano

Transforme sua gestão e veja seus custos caírem enquanto o lucro sobe, sem depender de improviso ou horas extras!

Conclusão

Ao longo do texto, vimos como identificar os tipos de custos de produção e como calculá-los. Ficou claro que reduzir custos não exige cortes drásticos. 

Organizar os processos, usar a automação de forma estratégica e negociar bem com fornecedores são medidas que fortalecem a operação sem exigir mudanças radicais.

O exemplo da indústria moveleira mostrou que pequenas correções acumuladas têm um impacto gigantesco nos resultados.

Foi assim que a Albuquerque Paulo & Associados entrou em cena. Sem fórmulas prontas ou promessas mirabolantes. O trabalho começou pela base: arrumando a casa, ajustando o que já existia e tirando o melhor da estrutura da empresa. 

Com isso, a produção ganhou ritmo, os custos ficaram sob controle e o lucro cresceu.

Se o que você precisa é organização, clareza nos números e um time que enxerga o que está travando o crescimento da sua empresa, fale com a gente!

Economista com especialização em Gestão Empresarial pela FGV e mais de 30 anos de experiência em gestão industrial e custos operacionais. Atuou em grandes empresas, liderando projetos de alta complexidade focados em performance no chão de fábrica e aprimoramento de sistemas de custeio. Luiz é reconhecido por sua objetividade, disciplina e foco em resultados.

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